UMA BOA MÃE É…
UMA BOA MÃE É... MEIGA (MAS NÃO LAMECHAS)
«Uma mãe tem
de ser sinónimo de segurança, afeto, amor, mimo, firmeza, limites, ser carinhosa,
boa árbitra, refúgio, âncora, modelo, tranquilidade, porto de abrigo para dias
de tempestade».
O médico
aconselha
No meio de
uma birra por frustração, é importante saber dizer «Adoro-te, és a coisa mais
querida do mundo (e fazer uma festa nos cabelos), mas não posso tolerar o que
tu fizeste (e dizer por isto e por aquilo), de maneira que agora vais para o
teu quarto pensar».
UMA BOA MÃE É... COERENTE
A par do
amor, este atributo é apresentado pelo pediatra Paulo Oom como a condição
indispensável para atingir o sucesso na maternidade. «É uma característica cada
vez mais rara na educação nos dias que correm. Uma criança precisa de saber
com o que conta e o que pode esperar da sua mãe e, para isso, ela deve ser
coerente nas suas atitudes e na sua forma de educar», justifica.
O médico
aconselha
Paulo Oom
garante que «as crianças que vivem num ambiente de ternura e de coerência são
mais felizes, saudáveis e tornam-se adultos preparados para enfrentar as
dificuldades da vida», assegura o especialista.
UMA BOA MÃE É... DISPONÍVEL (COM AMOR)
Para o
médico pediatra João M. Videira Amaral, ser boa mãe passa por uma total
entrega afetiva. Uma condição que exige, defende, «espírito de sacrifício».
O médico
aconselha
«Fale com
outras (boas) mães e pesquise fontes idóneas, por exemplo, T. Berry Brazelton,
considerado o pai da pediatria moderna, para conhecer melhor a criança, as suas
vulnerabilidades e potencialidades. Tire partido das adversidades como forma de
criar resiliência».
UMA BOA MÃE É... COMPETENTE
(…) a melhor
forma de sentir o dever cumprido é «transmitir às crianças um mundo, de forma a
que eles possam ser eficientes nele».
O médico aconselha
A maneira mais segura de garantir o bem-estar permanente do seu filho,
sugere a pedopsiquiatra, é «ajudá-lo a não ter medo de enfrentar novas
situações».
A tarefa é exigente mas a sensação
de dever cumprido é mais do que reconfortante.
Texto: Fátima Lopes Cardoso com
Ana Vasconcelos (pedopsiquiatra), João M. Videira Amaral, Mário Cordeiro e
Paulo Oom (pediatras)